Não chovem mais flores no Paraná, em Minas Gerais e em São Paulo: um tabu linguístico em extinção
Abstract
Este artigo tem como objetivo analisar a presença ou a ausência de nomes eufêmicos para a chuva de granizo registrados nos atlas linguísticos desenvolvidos no Paraná e em Minas Gerais, em épocas anteriores ao Atlas Linguístico do Brasil (ALiB), e compará-los com as ocorrências coletadas para este atlas nacional, nos três estados: Paraná, São Paulo e Minas Gerais. Apresenta-se inicialmente uma síntese de alguns trabalhos geolinguísticos de várias naturezas como forma de situar o propósito deste texto, procedendo-se, na sequência, à análise dos dados obtidos, demonstrando como essas formas eufêmicas estão em processo de extinção na fala popular.