Refletindo sobre a Educação Linguística Crítica e a Base Nacional Comum Curricular

Kleber Aparecido da Silva,
Brian Morgan,
Walkyria Monte-Mor

Resumo

O objetivo central desta edição especial é apresentar estudos e reflexões críticas e/ou decoloniais em relação à Base Nacional Comum Curricular - BNCC, partindo especialmente da(s) visão(visões) da Linguística Aplicada Crítica e Educação Crítica (SILVA; JORDÃO, 2021; SOUZA, 2021, 2019; RAJAGOPALAN, 2020, 2019; JORDÃO, 2019; PENNYCOOK; MAKONI, 2019; JORDÃO; MARTINEZ; MONTE MOR, 2018; MONTE MOR; MORGAN, 2014; DUBOC; FERRAZ, 2018; FREIRE, 1987; 1980 [2001]). Para tanto, ele será organizado em torno dos seguintes eixos: i) Etnografias das Políticas Linguísticas no Brasil: discussões críticas das especificidades das políticas linguísticas no Brasil que refletem uma “matriz (neo)colonial de poder” (SANTOS, 2014): i.e. alicerçadas nas teorias do Norte/da Metrópole/Eurocêntricas, nos sistemas de conhecimentos e epistemologias; ii) Política e Planejamento Linguístico (PPL): análises críticas das iniciativas das PPL que refletem opressão econômica e dependências neoliberais (e.g. native-spkearism, ideologias da língua padrão, monolinguismo, economia política de publicações globais via periódicos ingleses e rankings internacionais); iii) Bases da PPL (i.e. ideologias de língua e letramento/ ASL, e currículo) que contribuem para desigualdades e hierarquias que têm por base raça, gênero, sexualidade (e.g. rácio-linguística); iv) Promulgação de Políticas Linguísticas (e.g. RAMANATHAN; MORGAN, 2007): a agência de professores locais em mediar ou resistir as políticas. Esperamos que as submissões para este dossiê temático estendam e avancem a nossa compreensão da BNCC em apoio a uma educação linguística crítica efetiva.

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