IS THE LANGUAGE NA APPARATUS (or THE FLUSHED LINGUIST)

Atilio BUTTURI JUNIOR

Abstract

In this essay I intend to discuss Giorgio Agamben's suggestion that language functions as an apparatus, approximating language with what I call a Saussurean drama vis-à-vis academic articles on Linguistics as general science about language.To that end, I turn to the problematization of this apparatus and the assumption of the concept as a turning point in Foucaultian archaegenealogy, whose effect is to forge a political philosophy based on a distinction between the discursive and the non-discursive.In the text, then, I turn to the analyses that Agamben provides of structuralism and of the theory of Benvenistian enunciation in order to point out in the embarrassment a form of subjectivation that, in Saussure, materializes as a prohibited desire, in the emergence of Linguistics, for the autonomous registration of the system. From this perspective, I approach the embarrassment of the hypothesis of a language apparatus, questioning it as to its modes of subjectivation-unsubjectification and, finally, suggesting the possibility of pointing out, in the constitutive erasure on which it is based, the political modalities of resistance and freedom that it offers.

Full-text of the article is available for this locale: Português (Brasil).

References

AGAMBEN, G. O amigo. O que é um dispositivo?. Tradução de Vinícius Nicastro Honesko. Chapecó: Argos, 2014a.

AGAMBEN, G. Altíssima pobreza: regras monásticas e formas de vida. Tradução de Selvino J. Assmann. São Paulo: Boitempo Editorial, 2014b.

AGAMBEN, G. Estâncias: a palavra e o fantasma na cultura ocidental . Tradução de Selvino J. Assman. Belo Horizonte: Editor da UFMG, 2012. [1977].

AGAMBEN, G. Signatura rerum: sobre el método. Tradução de Flavia Costa y Mercedes Ruvituso. Barcelona: Editorial Anagrama, 2010a.

AGAMBEN, G. Homo sacer I: o poder soberano e a vida nua. Tradução de Henrique Burigo. 2. ed. Belo Horizonte: Editora da UFMG, 2010b. [1995].

AGAMBEN, G. Une biopolitique mineure (Entrevista com Giorgio Agamben realizada por Stany Grelet e Mathieu Potte-Bonneville).Vacarme, n. 10, 2000.

AGAMBEN, G. O que resta de Auschwitz: o arquivo e a testemunha (Homo sacer III). Tradução de Selvino J. Assmann. São Paulo: Boitempo, 2008.

AGAMBEN, G. A comunidade que vem. Tradução de António Guerreiro. Lisboa: Editorial Presença, 1993.

BENVENISTE, É. Da subjetividade a linguagem. [1958]. In: BENVENISTE, É. Problemas de lingüística geral I. 5. ed. Tradução de Maria da Glória Novak e Maria Luiza Neri. Campinas, São Paulo: Pontes: Editora da UNICAMP, 2005. p.284-293.

BUTTURI JUNIOR, A. A autoria, o dispositivo e a ética: os limites da (des)subjetivação na escrita. ALFA: Revista de Linguística, v. 60, n. 3, p. 507-530, 2016. Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/alfa/v60n3/1981-5794-alfa-60-3-0507.pdf. Acesso em: 15 out. 2018.

DELEUZE, G. Foucault. Tradução de Claudia Sant’Anna Martins. São Paulo: Brasiliense, 2005. [1986].

DELEUZE, G. O que é um dispositivo? In: Michel Foucault, filósofo. Barcelona: Gedisa, 1990, p. 155-161. Disponível em: http://vsites.unb.br/fe/tef/filoesco/foucault/art14.pdf. Acesso em: 13 jul. 2012.

DERRIDA, J. Gramatologia. 2. ed. São Paulo: Perspectiva, 2008. [1967].

DERRIDA, J. A farmácia de Platão. Tradução de Rogério da Costa. 3. ed. São Paulo: Iluminuras, 2005.

DUARTE, A. Heidegger e Foucault, críticos da modernidade: humanismo, técnica e biopolítica. Trans/Form/Ação, São Paulo, v. 29, n. 2, p. 95-114, 2006.

FOUCAULT, M. O sujeito e o poder. In: Ditos e escritos IX: genealogia da ética, subjetividade e sexualidade. Tradução de Abner Chiquieri. Rio de Janeiro: Forense Universitária, 2014. [1982]. p. 118-140.

FOUCAULT, M. O retorno da moral. In: Ditos e escritos V: ética, sexualidade e política. 2. ed. Tradução de Elisa Monteiro e Inês Autran Dourado Barbosa. Rio de Janeiro: Forense Universitária, 2010. [1984]. p. 252-263.

FOUCAULT, M. Sobre a história da sexualidade. In: FOUCAULT, M. Microfísica do poder. 27. ed. Tradução de Roberto Machado. Rio de Janeiro: Graal, 2009a. p. 243-276.

FOUCAULT, M. História da sexualidade I: a vontade de saber. 19. ed. Tradução de Maria Thereza Albuquerque e J. A. Guilhon Albuquerque. Rio de Janeiro: Edições Graal, 2009b. [1976].

FOUCAULT, M.A arqueologia do saber. Tradução de Luiz Felipe Baeta Neves. 8. ed. Rio de Janeiro: Forense Universitária, 2012. [1969].

HEIDEGGER, M. Ser e tempo: parte um. Tradução de Márcia de Sá Cavalcante. 6. ed. Rio de Janeiro, Petrópolis: Vozes, 1997. [1927].

NEGRI, A. Quando e como eu li Foucault. Tradução e organização Mario A. Marino. São Paulo: n-1, 2016. [2003].

SAUSSURE, F. de. Curso de lingüística geral. 4. ed. Tradução de Antonio Chelini, José Paulo Paes e Izidoro Blikstein. São Paulo: Cultrix, 1972. [1916].