Linguística Formal como ensino de ciência na escola básica: uma experiência nas aulas de português

Edsel Rodrigues TELES,
Ruth Elizabeth Vasconcellos LOPES

Abstract

Nosso objetivo é apresentar uma maneira de conceber o ensino de ciência na Educação Básica por meio do trabalho com gramática, a partir de modelos formais, mostrando como a aula de língua portuguesa pode ser espaço de discussão e aprendizado do fazer científico. Explora-se a aula de língua materna como lugar para aprender ciência, explicitando qual tipo de ciência deve ser priorizado por um trabalho como esse. Apresenta-se um exemplo de como a proposta pode ser concretizada no dia a dia do professor de português. O relato sobre a testagem do material produzido ao longo do trabalho em salas de aula evidencia a possibilidade de seu sucesso, trazendo fôlego à perspectiva e necessidade de mais reflexões a seu respeito.

Full-text of the article is available for this locale: Português (Brasil).

References

AVELAR, J. Curso de Gramática. Unicamp, ms, 2008.

BAGNO, M. Preconceito linguístico: o que é, como se faz. 52. Ed. São Paulo, SP: Edições Loyola, 2009.

BAGNO, M. Gramática Pedagógica do Português Brasileiro. 1. Ed. São Paulo, SP: Parábola Editorial. 2012. p. 1056.

BORGES, E.; MEDEIROS, C. A.; D’ADESKY, J. Racismo, Preconceito e Intolerância. São Paulo, SP: Atual, 2002.

BRASIL. Ministério da Educação. Parâmetros Curriculares Nacionais: Ciências Naturais. Brasília, DF, 1997.

BRASIL. Ministério da Educação. Base Nacional Curricular Comum. Brasília, DF, 2017.

BRASIL. Ministério da Educação. Programa Nacional do Livro Didático. Brasília, DF, 2011.

BRASIL. Ministério da Educação. Orientações Educacionais Complementadres aos Parâmetros Curriculares Nacionais. Linguagens, Códigos e suas Tecnologias. Brasília, DF, 2006.

BRASIL. Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira. Matriz de Referência para o Ensino Médio. Disponível em: <http://inep.gov.br/educacao_basica>. Acesso em: 8 nov. 2018.

CARMELO, T. Entrevista com Tatiana Nahas. In: Escola na Mídia. Disponível em: <http://cienciahoje.uol.com.br/alo-professor/intervalo/escola-na-midia-1>. Acesso em: 18 jan. 2011.

DUTRA, L. H. A. Introdução à Teoria da Ciência. Florianópolis, SC: Editora da EFSC, 1998.

FARACO, C. A. Norma-padrão brasileira: desembaraçando alguns nós. In: BAGNO, M. (Org.). Linguística da norma. São Paulo, SP: Loyola, 2002. p. 37-61.

HONDA, M.; O’NEIL, W. Triggering Science-Forming Capacity through Linguistic Inquiry. In: HALE, K., KEYSER, S. J. (Org.). The View from Building 20: Essays in Linguistics in Honor of Sylvain Bromberger. Cambridge, MA: MIT Press, 1993. p. 229-255.

LEE, S-H. Sobre a formação de diminutivo do português brasileiro. In: Revista de estudos da linguagem, nº 8, Belo Horizonte, MG: Editora da UFMG, 1999.

MIOTO, C.; SILVA, M. C. F.; LOPES, R. E. V. Novo manual de sintaxe. SP: Contexto, 2013.

MOÇO, A. Agora, a qualidade. In: Revista Nova Escola, ano XXVI, nº 239, São Paulo, SP: Abril, Jan./Fev. 2011. p. 106-111.

PAGOTTO, E. G. Norma e condescendência; ciência e pureza. In: Línguas e Instrumentos Linguísticos, nº 2, Campinas, SP: Pontes, 1998. p. 49-68.

PERINI, M. A. Gramática do Português Brasileiro. São Paulo, SP: Parábola Editorial, 2010.

PIRES DE OLIVEIRA, R.; QUAREZEMIN, S. Gramáticas na escola. Petrópolis, RJ: Vozes, 2016. p. 184.

POSSENTI, S. Entendi tudo. Disponível em: <http://terramagazine.terra.com.br/interna/0,,OI5075285-EI8425,00-Entendi+tudo.html>. Acesso em: 6 maio 2011.

POSSENTI, S. Por que (não) ensinar gramática na escola. Campinas, SP: Mercado de Letras, 1996.

TELES, E. R. A linguística e o ensino de ciência da escola. Campinas, SP: UNICAMP, Monografia. 2012. p. 44.

ZILLES, U. Teoria do conhecimento e teoria da ciência. São Paulo, SP: Paulus, 2008.