Freirean orientations in curriculum policies and language/languages research

Nara Hiroko Takaki,
Leandro Queiroz

Abstract

In a contemporary society that lives under the sign of collective agency in the midst of diversity, Freire's principles are necessary for a curriculum policy that guides the exercise of critical citizenship on other bases, in agreement with researchers in this field, within and outside Brazil (MENEZES DE SOUZA, 2011; MONTE MÓR, 2018; PENNYCOOK, 2001). In these terms, the objective of this article is to recover characteristics of Freire's education, which anticipated aspects of current decolonial studies, and to present two studies according to these guidelines, making connections with curricular policies, such as the National Common Curricular Base (BNCC). The theories that guide our research are complemented by decolonial perspectives (MIGNOLO, 2003; WALSH, 2018) that coincide with Freire's, in the sense of combating onto-epistemic and methodological universalization based on the experiences and knowledge of historically marginalized people. The methodology is qualitative and interpretive in nature, considering research experiences, authors we read, views of participants in research A and B and social and educational expectations of our time. The article is the result of two qualitative and interpretive researches, which prioritize the intersubjectivities of the researcher and the researcher and the views that the research participants build and that are related to a project of society with a view to social justice. The results of the two surveys show that the resumption of Freire's education is fundamental for us to walk towards social justice, reconciling the needs of socially vulnerable people with the potential for action that they themselves have and contemplating the intersubjectivities and needs of marginalized people, going beyond of the mere diversity mentioned in the BNCC.

References

ALMEIDA, A. L. B.; PAULA, P. C. de. Educação e consciência crítica em Paulo Freire: uma reflexão sobre o sentido da religião em tempos de fundamentalismos. Disponível em: . Acesso em: 25 de out. 2022.

BRASIL. Base Nacional Comum Curricular. Brasília: MEC/SEB, 2017.

CAMPO GRANDE. Referencial Curricular de Linguagens – Língua Portuguesa e Língua Inglesa – da Rede Municipal de Ensino de Campo Grande – MS. Campo Grande -MS: Secretaria Municipal de Educação, 2020.

DINIZ, L. R. A.; NEVES, A. de O. Políticas linguísticas de (in)visibilização de estudantes imigrantes e refugiados no ensino básico brasileiro. Revista X, Curitiba, v. 13, n. 1, p. 87-110, 2018.

FERRAZ, D. de M.; KAWACHI-FURLAN, C. J. (Orgs.). Bate-papo com educadores linguísticos: letramentos, formação docente e criticidade. São Paulo: Pimenta Cultural, 2019.

FRASER, N. Rethinking recognition. (2000).Disponível em: https://newleftreview.org/issues/ii3/articles/nancy-fraser-rethinking-recognition.pdf. Acesso em: 15 de nov. 2022.

FREIRE, P. Pedagogia da tolerância. Rio de Janeiro/São Paulo, Editora Paz e Terra, 2018.

FREIRE, P. Pedagogia da esperança. Um reencontro com a pedagogia do oprimido. Notas de Ana Maria Araújo Freire, 22ª ed. Rio de Janeiro, São Paulo: Paz & Terra, 2015.

FREIRE, P. Pedagogia da autonomia: saberes necessários à prática educativa. São Paulo: Paz e Terra, 1996.

FREIRE, P. Pedagogia do Oprimido. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1987.

GROSFOGUEL, R. A estrutura do conhecimento nas universidades ocidentalizadas: racismo/sexismo epistêmico e os quatro genocídios/epistemicídios do longo século XVI. Revista Sociedade e Estado, v. 31, n.1, Janeiro/Abril 2016.

KRESS, G. Multimodality. A social semiotic approach to contemporary communication. London, New York: Routledge, 2010.

LANDER, E. Ciencias socieales: saberes coloniales y eurocéntricos. En.: LANDER, E. (Org.). La colonialidad del saber: eurocentrismo y ciencias sociales. Perspectivas Latinoamericanas. Buenos Aires, Argentina: CLACSO, Consejo Latinoamericano de Ciencias Sociales, Buenos Aires, 2000.

LYRA, C. As Quarenta horas de Angico: uma experiência pioneira de educação. São Paulo: Cortez, 1996.

MENEZES DE SOUZA, L. M.; DUBOC, A. P. M. De-universalizing the decolonial: between parentheses and falling skies. Gragoatá, Niterói, v. 26, n. 56, p. 876-911, set.-dez. 2021.

MENEZES DE SOUZA, L. M. T. Para uma redefinição de letramento crítico: conflito e produção de significação. In.: MACIEL, R. F.; ARAUJO, V. A. (Orgs.). Formação de professores de línguas: expandindo perspectivas. São Paulo: Paco Editorial, 2011.

MIGNOLO, W. Habitar la frontera: sentir y pensar la descolonialidad (Antologia, 1999-2014). Espanha: Edicions Bellaterra, 514 p. Epílogo, p. 457-469, 2015.

MIGNOLO, W. Historias locales/diseños globales: colonialidad, conocimientos subalternos y pensamento fronterizo. Madrid: Akal, 2003.

MONTE MÓR, W. Letramentos Críticos e Expansão de Perspectivas: Diálogo sobre Práticas. In Jordão, Martinez e Monte Mor (Orgs.) Letramentos em Prática na Formação Inicial de Professores de Inglês. Campinas: Pontes Editores, 2018, p. 315-335.

MONTE MÓR, W. Crítica e letramentos críticos: reflexões preliminares. In.: ROCHA, C. H.; MACIEL, R. F. (Orgs.). Língua estrangeira e formação cidadã: por entre discursos e práticas. Campinas: Pontes Editores, 2013. p. 31-50

PENNYCOOK, A. Critical Applied Linguistics. A critical introduction. London, New York: Taylor & Francis, 2001.

QUEIROZ, F. L. O. Geo-ontoepistemologias decoloniais: educação linguística e “Português como Língua de Acolhimento”. Tese. (Doutorado em Estudos de Linguagens). Universidade Federal de Mato Grosso do Sul, Campo Grande – MS, 2022.

QUEIROZ, L. Decolonialidade e concepções de língua: uma crítica linguística e educacional. Campinas, SP: Pontes Editores, 2020a.

QUEIROZ, L. Letramentos críticos: o político e o pedagógico. In.: SOUZA, Alexandre Melo de; GARCIA, Roseane; SANTOS, Tatiana Castros dos (Orgs.). Perspectivas para o ensino de línguas. V. 5. Rio Branco: Edufac, 2020b.

QUEIROZ, F. L. O. Epistemologias decoloniais e concepções de língua: por mais diálogos com a BNCC. Dissertação (Mestrado em Estudos de Linguagens). Universidade Federal de Mato Grosso do Sul, Campo Grande – MS, 2019.

QUIJANO, A. Colonialidad del poder y clasificación social. Colonialidad del poder y clasificación social. In: CASTRO-GOMES, S.; GROSFOGUEL, R. l giro decolonial: reflexiones para una diversidad epistémica más allá del capitalismo global/compiladores. Bogotá: Siglo del Hombre Editores; Universidad Central, Instituto de Estudios Sociales Contemporáneos y Pontificia Universidad Javeriana, Instituto Pensar, 2007, p. 93-126.

QUIJANO, A. Colonialidade do poder, Eurocentrismo e América Latina. (2005). Disponível em:

https://edisciplinas.usp.br/pluginfile.php/4109238/mod_resource/content/1/12_Quijano.pdf. Acesso em: 10 out. 2022.

RAJAGOPALAN, K. Reforma curricular e ensino. In: GERHARDT, A. F. L. M.; AMORIM, M. A. (Orgs.) A BNCC e o ensino de línguas e literaturas. Campinas: Pontes Editores, 2019, p. 23-40.

RAJAGOPALAN, K. O professor de línguas e a suma importância do seu entrosamento na política linguística de seu país. In: CORREA, D. A. (Org.) Política linguística e ensino de língua. Campinas: Pontes editores, 2014.

RAJAGOPALAN, K. Política Linguística: do que é que se trata, afinal? In: NICOLAIDES, C. et. al. Política e Políticas Linguísticas. Campinas: Ponte/Alab, 2013, p. 19-42.

RAJAGOPALAN, K. 'World English' or 'World Englishes'? Does it make any difference? International Journal of Applied Linguistics. [online] Volume 22, Issue 3, p. 374–391, November 2012.

ROCHA, L. L.; MELO, G. C. B. de Onde ficam a raça, gênero na BCNN do ensino médio? A homogeneização das diferenças. In: In: GERHARDT, A. F. L. M.; AMORIM, M. A. (Orgs.) A BNCC e o ensino de línguas e literaturas. Campinas: Pontes Editores, 2019, p. 209- 238.

SANTOS, B. de S. O fim do império cognitivo: a afirmação das epistemologias do Sul. Belo Horizonte: Autêntica Editora, 2019.

TAKAKI, N. H. É o que somos, sendo: o papel da (auto)crítica nos letramentos. In.: FERRAZ, Daniel de Melo; KAWACHI-FURLAN, Claudia Jotto (Orgs.). Bate-papo com educadores linguísticos: letramentos, formação docente e criticidade. São Paulo: Pimenta Cultural, 2019.

TAKAKI, N. H. Futebol, linguagens e sociedade. In.: TAKAKI, N. H.; MACIEL, R. F. (Orgs.). Letramentos em terra de Paulo de Freire. Campinas, SP: Pontes Editores, 3° ed. 2017, p. 25-42.

TAKAKI, N. H.; MACIEL, R. F. (Orgs.) Letramentos em terra de Paulo de Freire. Campinas, SP: Pontes Editores, 3° ed. 2017.

TAKAKI, N. H. A ética pelo diálogo em meios aos letramentos: pesquisas para pesquisas de formação de alunos e professores de línguas. Calidoscópio, v.11, n. 1, 2013.

TAKAKI, N. H. Da metodologia de pesquisa em letramentos e sociedade para a ética: implicações na formação continuada da comunidade científica. Polifonia, Cuibá, MT, v.19, n. 25, 2012.

VERONELLI, G. Sobre a colonialidade da linguagem. Tradução de Silvana Daitch. In: Revista X, v. 16, n. 1, 2021, p. 80-100.

WALSH, C. Notas pedagógicas a partir das brechas decoloniais. In: CANDAU, Vera Maria (Org.). Interculturalizar, descolonilizar, democratizar: uma educação “outra”? Rio de Janeiro: 7 Letras, 2016.

WALSH, C. (Ed.). Pedagogías decoloniales: prácticas insurgentes de resistir, (re)existir y (re)vivir. Tomo I. Quito, Ecuador: Ediciones Abya-Yala, 2013.

WALSH, C. Interculturality and decolonilaity. In: MIGNOLO, W.; WALSH, C. On decoloniality: Concepts, analytics, praxis. Durham: Duke University Press, 2018, p. 57-80.

WALSH, C. Interculturalidad crítica y educación intercultural. 2009.

WALSH, C. Interculturalidad, plurinacionalidad y decolonialidad: las insurgencias político-epistémicas de refundar el Estado. Tabula Rasa. Bogotá - Colombia, n. 9, v. 1, p. 131-152, 2008.

WALSH, C. La interculturalidad en la educación. Ministerio de Educación, Lima - Peru, 2005.