Semântica lexical na libras: Libertando-se da tirania das glosas
Abstract
In this paper, we explore the field of lexical semantics of Brazilian Sign Language by distancing ourselves from what Slobin (2015[2008]) has referred to as the tyranny of glosses in sign language research. Our goal is twofold: to argue against the fallacies and shortfalls of continuing to associate signs with words in research on the grammar and semantics of Libras; and to demonstrate the refinements made possible by investigating Libras in its own terms. Starting with a particular sign as stimulus, participants produced examples of sentences and listed potential synonyms for the sign in the contexts they offered. By contrasting the alternative signs semantically, we identified several paradigmatic networks associated with the sign being investigated, showing that the use of Libras as metalanguage allows us to understand the semantics of signs beyond the biases and simplifications of isolated words in Portuguese.
References
BAKER C.; PADDEN C. Focusing on the non-manual components of American Sign Language. In: SIPLE, P. (Ed.) Understanding Language Through Sign Language Research, New York: Academic Press, 1978. p. 27-57.
CARDOSO, A. B. da R. Vídeo registro em libras: uma proposta de acesso ao pensamento original aos surdos. 2016. 121 f. Dissertação (Mestrado no Programa de Pós-Graduação em Estudos da Tradução/PGET), Universidade Federal de Santa Catarina, Florianópolis. Disponível em: https://repositorio.ufsc.br/xmlui/handle/123456789/169221. Acesso em: 28 fevereiro 2021.
CHAFE, W. Discourse, consciousness and time: The flow and displacement of conscious experience in speaking and writing. Chicago and London: The University of Chicago Press, 1994. 327 p.
CUNHA, A. F. da; COSTA, M. A.; MARTELOTTA, M. E. Linguística. In: MARTELOTTA, M. E. (Ed.). Manual de linguística. São Paulo: Editora Contexto. 254 p.
ESTELITA, M. ELiS - Escrita das Línguas de Sinais: proposta teórica e verificação prática. 2008. Tese (Doutorado no Programa de Pós-Graduação em Linguística). Faculdade de Letras, Universidade Federal de Santa Catarina, Florianópolis. Disponível em: https://repositorio.ufsc.br/handle/123456789/91819. Acesso em: 28 fevereiro 2021.
FERGUSON, C. Diglossia. Word, v. 15, n. 2, p. 325-340, 1959. Disponível em: https://doi.org/10.1080/00437956.1959.11659702. Acesso em: 28 fevereiro 2021. DOI: 10.1080/00437956.1959.11659702.
GESSER, A. Libras: Que língua é essa? São Paulo: Parábola Editorial, 2009.
GUMPERZ, J. Convenções de contextualização. In: RIBEIRO, B. T.; GARCEZ, P. M. (Ed.). Sociolinguística interacional. São Paulo: Edições Loyola, 2013. p. 149-182.
ILARI, R.; GERALDI, J. W. Semântica. São Paulo: Ática, 2004.
KENDON, A. Semiotic diversity in utterance production and the concept of ‘language’. Philosophical Transactions of the Royal Society., v. 369, p. 1-13, 2014. Disponivel em: https://royalsocietypublishing.org/doi/pdf/10.1098/rstb.2013.0293. Acesso em: 28 fevereiro 2021. DOI: https://doi.org/10.1098/rstb.2013.0293.
KLIMA, E.; BELLUGI, U. The Signs of Language. Cambridge: Harward University Press, 1979.
LABOV, W. Field methods of the project on linguistic change and variation. In: BAUGH, J.; SHERZER, J. (Eds.). Language in use: Readings in sociolinguistics. Englewood Cliffs, NJ: Prentice Hall, 1984. p. 28-66.
LAKOFF, G. Women, fire and dangerous things: What categories reveal about the mind. Chigaco: University of Chicago Press, 1987.
LANGACKER, R. W. An introduction to cognitive grammar. Cognitive Science, v. 10, n. 1, p. 1-40, 1986.
LEITE, T. de A. O futuro dos estudos das línguas (de sinais). In: QUADROS, R. M. de; LEITE, T. A.; STUMPF, M. (Eds). Estudos da língua brasileira de sinais, v. 2. Florianópolis: Insular, 2013. p. 37-58. Disponível em: shorturl.at/fsyGW. Acesso em: 28 fevereiro 2021.
LEITE, T. de A. Reflexões terminológicas sobre a linguística (das línguas de sinais). Capítulo de livro submetido para publicação.
LIDDELL, S. K. Grammar, Gesture and Meaning in American Sign Language. Cambridge: Cambridge University Press, 2003.
MACHADO, F. Antologia da poética em língua de sinais brasileira. 2017. Vídeo. Tese (Doutorado em Estudos da Tradução/PGET), Universidade Federal de Santa Catarina, Florianópolis. Disponível em: https://libras.ufsc.br/arquivos/vbooks/antologia-poetica/. Acesso em: 28 fevereiro 2021.
MAHER, T. Valorização das línguas indígenas e multiculturalidade no Brasil. Revista do Instituto Humanitas Unisinos, São Leopoldo, n. 467, 2015. Disponível em: http://www.ihuonline.unisinos.br/edicao/467. Acesso em: 27-02-2021.
MARQUES, R. R.; SOARES, J. O. A normatização de artigos acadêmicos em libras e sua relevância como instrumento de constituição de corpus de referência para tradutores. In: Anais do 3º Congresso Nacional de Pesquisas em Tradução e Interpretação de libras e Língua Portuguesa, 3, 2012, Florianópolis. Disponível em: shorturl.at/nAEG7. Acesso em: 28 fevereiro 2021.
MCCLEARY, L.; VIOTTI, E. Transcrição de dados de uma língua sinalizada: Um estudo piloto da transcrição de narrativas na língua de sinais brasileira (LSB). In: SALLES, H. (Ed.). Bilinguismo e surdez: Questões linguísticas e educacionais. Goiânia: Cânone Editorial, 2007. p. 73-96.
PAULSTON, C. B. Bilingual education: Theories and issues. Massachusetts: Newbury House Publishers Inc, 1980.
PIETROFORTE, A. V. S.; LOPES, I. C. Semântica lexical. In: FIORIN, J. L. Introdução à Linguística, v. 2. São Paulo: Contexto, 2007. p. 111-136.
PIMENTA, N. Prosódia em ASL e libras: Análise comparativa de aspectos visuais. 2019. Video. Tese (Doutorado no Programa de Pós-Graduação em Estudos em Tradução/PGET), Universidade Federal de Santa Catarina. Florianópolis. Disponível em: http://tese.nelsonpimenta.com.br. Acesso em: 28 fevereiro 2021.
POLGUERE, A. Lexicologia e semântica lexical: Noções fundamentais. São Paulo: Contexto, 2018.
QUADROS, R. M. de; KARNOPP, L. Língua de sinais brasileira: Estudos lingüísticos. ArtMed: Porto Alegre, 2004.
QUADROS, R. M.; NEVES, B. C.; LUCHI, M.; SCHMITT, D.; LOHN, J. T. Língua Brasileira de Sinais: Patrimônio linguístico brasileiro. Florianópolis: Editora Garapuvu, 2018. Disponível em: shorturl.at/nCWZ2. Acesso em: 28 fevereiro 2021.
QUADROS, R. M. de; SOARES, J. S. de; MIRANDA, R. D. ID-Sinais para organização e busca de corpus em libras. In: STUMPF, M.; LEITE, T. de A.; QUADROS, R. M. de. Estudos da Língua Brasileira de Sinais, v. 2. Florianópolis: Insular, 2014, p. 29-44. Disponível em: shorturl.at/fsyGW. Acesso em: 28 fevereiro 2021.
SAUSSURE, F. de. Curso de linguística geral. São Paulo: Cultrix, 2006 [1913].
SILVA, R. C. Indicadores de formalidade no gênero monológico em libras. 161 f. 2013. Dissertação (Mestrado no Programa de Pós-Graduação em Linguística) - Faculdade de Letras, Universidade Federal de Santa Catarina. Florianópolis. Disponível em: https://repositorio.ufsc.br/xmlui/handle/123456789/122823. Acesso em: 28 fevereiro 2021.
SILVA, R. C. Gêneros emergentes em libras da esfera acadêmica: A prova como foco de análise. 241 f. 2019. Tese (Doutorado no Programa de Pós-Graduação em Linguística) - Faculdade de Letras, Universidade Federal de Santa Catarina. Florianópolis. Disponível em: shorturl.at/ksvN6. Acesso em: 28 fevereiro 2021.
SLOBIN, D. Quebrando modelos: As línguas de sinais e a natureza da linguagem humana. Fórum linguístico, Florianópolis, v. 12, n. 3, p. 844-853, 2015 [2008]. Disponível em: https://periodicos.ufsc.br/index.php/forum/article/view/1984-8412.2015v12n3p844. Acesso em: 28 fevereiro 2021. DOI: https://doi.org/10.5007/1984-8412.2015v12n3p844.
STOKOE, W. Sign Language Structure: An outline of the visual communication systems of the american deaf. Studies in Linguistics, n. 8. University of Buffalo, 1960.
STUMPF, M. R. Aprendizagem da escrita de língua de sinais pelo sistema de SignWriting: Língua de sinais no papel e no computador. 330 f. 2005. Tese (Doutorado no Programa de Pós-Graduação em Informática na Educação) – Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Porto Alegre. Disponível em: https://lume.ufrgs.br/handle/10183/5429. Acesso em: 28 fevereiro 2021.
WILCOX, S.; WILCOX, P. P. Aprender a Ver. Petrópolis: Editora Arara Azul, 2005.