The struggle for saying “impeachment” and “coup” in the media narrative on Dilma Rousseff´s impediment
Abstract
The president Dilma Rousseff’s impeachment process has been one of the most emblematic and unsettling historic events in Brazilian recent political history, what has generated a fierce dispute both for power and for having a voice. Based on this discursive confrontation, the main goal of this study is to analyze the ways the sense effects about this historic event in the texts published on websites by O Globo newspaper, Veja and Carta Capital magazines, observing the discursive functioning that has produced the senses of legality (paraphrastic effect) and the senses of coup (metaphoric effect) for the impeachment word. For that, this analysis is based on Pecheuxian Discourse Analysis, out of wich we developed our plausible interpretation about the functioning of the discursive memory in the media narrative. It concludes that the media narrative produced about this 2016 event was determined by a power game that institutionalized the discourse of legality. Such discourse was mainly elaborated with discursive paraphrases, which refreshed the knowledge of the discursive formation about the impeachment. This discourse has been fixed in Brazilian social imaginary, especially after Collor’s impeachment process. In turn, the media narrative about the coup was mainly elaborated with metaphoric effects that promoted a split in the senses of the significant “impeachment”, which, in the middle of the power game, was gradually disconnected from the sense of legality and it has worked as a paraphrase of coup.
Full-text of the article is available for this locale: Português (Brasil).
References
COURTINE, J. J. Análise do discurso: o discurso comunista endereçado aos cristãos. São Carlos: EduFScar, 2014.
GALINDO, B. Impeachment: à luz do constitucionalismo contemporâneo. Curitiba: Juruá, 2016.
GUIMARÃES, E. Semântica do acontecimento: um estudo enunciativo da designação. 4. ed. Campinas, SP: Pontes Editores, 2017.
GUIMARÃES, E. Semântica: enunciação e sentido. Campinas, SP: Pontes Editores, 2018.
GUISOLPHI, A. J. As marchas da família com Deus pela liberdade: ideologias e práticas católicas no golpe militar de 1964. In: ENCONTRO ESTADUAL DE HISTÓRIA, 10, 2010, Santa Maria, RS. Anais. Santa Maria, RS: UFSM, 2010. Disponível em: <http://www.eeh2010.anpuh-rs.org.br/resources/anais/9/1274665716_ARQUIVO_Texto HistoriaPoliticaIanpuhRS2010.pdf> Acesso em 28 jun. 2018.
GRIGOLETTO, E. O discurso de divulgação científica: um espaço discursivo intervalar. 2005. Tese (Doutorado em Letras) – Universidade Federal do rio Grande do Sul, Porto Alegre, 2005.
INDURSKY, F. Unidade, desdobramento, fragmentação: a trajetória da noção de sujeito em Análise do Discurso. In: CAZARIN, E. A.; GRIIGOLETTO, E.; MITTIMAN, S. (Orgs.) Práticas discursivas e identitárias: sujeito e língua. Porto Alegre: Nova Prova, 2008.
MARIANI, B. Silêncio e metáfora, algo para se pensar. Trama (Unioeste), Marechal Cândido Rondon - Paraná, v.3, n. 5, p. 55-71, 2007.
MARX, K. O 18 brumário de Luiz Bonaparte. São Paulo: Boitempo, 2011.
MONTEIRO, L. V. Os neogolpes e as interrupções de mandatos presidenciais na américa Latina: os casos de Honduras, Paraguai e Brasil. Revista de Ciência Sociais, Fortaleza, v. 49, n. 1, p. 55-97, 2018.
ORLANDI, E. Discurso e Texto: formulação e circulação dos sentidos. 4. ed. Campinas, SP: Pontes Editores, 2012.
ORLANDI, E. As formas do silêncio: no movimento dos sentidos. 6 ed. Campinas, SP: Editora da Unicamp, 2007.
PÊCHEUX, M. Papel da memória. In: ACHARD, P. et al. Papel da memória. Tradução: José Horta Nunes. 4 ed. Campinas, SP, Pontes, 2015a.
PÊCHEUX, M. O discurso: estrutura ou acontecimento. Tradução: Eni Orlandi. 7. ed. Campinas, SP: Pontes Editores, 2015b.
PÊCHEUX, M. Semântica e discurso. 4. ed. Campinas, SP: Editora da Unicamp, 2009.
PÊCHEUX, M.; LÉON, J. Análise sintática e paráfrase discursiva. In: Análise de discurso: Michel Pêcheux Textos escolhidos por Eni Orlandi. 4. ed. Campinas-SP: Pontes Editores, 2014.
PÊCHEUX, M. Análise automática do discurso (AAD69). In: GADET, F.; HAK, T. (Org.). Por uma análise automática do discurso: uma introdução à obra de Michel Pêcheux. Tradução: Bethania S. M. et al. Tradução 4. ed. Campinas. SP: Editora da Unicamp, 2010.
ZIZEK, S. Como Marx inventou o sintoma? In: ZIZEK, S. (Org.). Um mapa da ideologia. Rio de janeiro: Contraponto, 1996, p. 297-331.