Textos: modelos da produção de conhecimento

GERD ANTOS

Abstract




Em sua função cognitiva e cultural, os textos são teorias pioneiras (de leigos) e devem satisfazer determinadas condições em termos de sua construtividade. Como propostas de teorias cotidianas sobre nosso mundo, os textos são companheiros em uma concorrência medial, discursiva e cultural sobre o que deve se tornar e permanecer conhecimento coletivo, talvez também cultural. Para esse m, deve existir, antes, um esforço de produzi-los e atualizá-los, de torná- los conhecidos, lidos e processados: nos atos de recepção, os textos não tornam o conhecimento visível de um modo direto, mas, na verdade, sob in uência do próprio conhecimento. Nessa medida, além do potencial de sua construtividade, eles são modelos tanto individuais quanto coletivos para a criação linguisticamente complexa do conhecimento, do sentido social e da orientação cultural. O que isso implica para a lingüística textual? Os linguistas investigam condições e formas de abordagens explicativas do mundo baseadas textualmente, quer dizer, - ao contrário de lósofos e sociólogos do conhecimento - não o aspecto epistêmico da produção do conhecimento, mas sua construtividade, na qual as experiências de leitura e os modelos de recepção dos leitores, predeterminados intertextualmente, desempenham um papel do mesmo modo que os aspectos dinâmicos da "atualização" dos textos.