A Filologia como ética de leitura

Arivaldo SACRAMENTO,
Lucas de Jesus SANTOS

Resumo

Contemporaneamente, a Filologia vem sendo retomada como espaço de problematização de concepções usuais de texto, das divisões disciplinares entre Estudos Literários e Linguísticos, do caráter da crítica e do papel político e social do intelectual.  Neste artigo, buscamos apresentar uma reflexão sobre Filologia como uma ética de leitura, a partir do trabalho do intelectual palestino-americano Edward W. Said e da problemática editorial envolvendo o texto dramático "Greta Garbo, quem diria, acabou no Irajá" de Fernando Melo. Trata-se de compreender a crítica filológica como instância de desconstrução permanente de formas insulares e fundacionalistas de interpretação, sobretudo quando está interessada naquilo que, no processo de transmissão textual, foi tomado como erros ou intervenções espúrias.