Mina, angola, benguela: sobre o que não dizem os registros de óbitos goianos do século XVIII
Resumo
A presente investigação debruça-se sobre aquilo que não transparece nos registros de óbitos goianos de 1786 a 1789, do Livro de Óbitos 01, da atual cidade de Luziânia-Go, mas que desponta em estudos de natureza histórica sobre a escravidão em Goiás, tais como o fato de que os nomes dos escravos que constam nos registros lhes eram concedidos durante o seu batismo, em substituição aos nomes tradicionais africanos. Ademais, as nações indicativas da procedência dos escravos, como mina, angola e benguela, não correspondem, de fato, às nações africanas originárias, ligando-se, antes, aos portos de embarque. Este estudo apóia-se, ainda, na edição semidiplomática dos documentos referidos, bem como na pesquisa bibliográfica acerca do tema para uma análise qualitativa de excertos do corpus, via incursões na Filologia e na História.