Dominação, trapaça e conhecimento pela linguagem

Diana Luz Pessoa de BARROS

Resumo

Neste estudo a intenção é mostrar as várias facetas daquilo que em geral é chamado de dominação pela linguagem ou de poder da linguagem, e qual o papel dos estudiosos da linguagem, e do discurso em especial, no tratamento da questão. Essa questão será examinada na perspectiva dos estudos do discurso em geral e da semiótica discursiva de linha francesa em particular (Greimas, 2014, Greimas e Courtés, 2008), pois é na língua em uso, no campo dos discursos que a dominação ocorre, que o poder se manifesta, e é lá também que ele pode ser contestado ou aligeirado. Nosso ponto de partida nessas reflexões são três autores que, em seus escritos, por caminhos diferentes, mas que muitas vezes se cruzam, tratam do poder da linguagem: Roland Barthes, Mikhail Bakhtin e Mia Couto.