Comparação e modalidade

Luisandro Mendes de Souza

Resumo

O artigo discute alguns casos de ambiguidade em sentenças comparativas quando da presença nessas construções de expressões modais. A presença do modal parece fazer referência ao grau máximo ou ao grau mínimo do predicado. Apresentamos algumas propostas da literatura, particularmente Rullmann (1995), que opta por uma explicação sintática; e Marques (2003) e Méier (2002) que derivam a representação semântica assumindo uma negação na forma lógica. Mostramos que as três propostas carecem de motivação empírica independente e sugerimos que as duas leituras podem ser fruto da forma como a fonte de ordenação dos mundos é organizada no contexto em sua relação com a base modal.