@article{Araújo_2021, title={Discurso, migração e cinema}, volume={20}, url={https://revista.abralin.org/index.php/abralin/article/view/1952}, DOI={10.25189/rabralin.v20i3.1952}, abstractNote={<p>Considerando o crescente número de pessoas forçadas a migrar devido a fatores como guerras e miséria, este estudo se volta para o exame da representação de migrantes no universo discursivo a partir de duas obras cinematográficas: o aclamado <em>Que horas ela volta? </em>(2015), escrito e dirigido por Anna Muylaert, e <em>Fatima </em>(2015), longa francês dirigido por Philippe Faucon. Os filmes tomados como objeto de estudo possuem como protagonistas mulheres que deixaram sua terra natal para trabalhar como empregadas domésticas em países ou cidades mais desenvolvidas. Este trabalho objetiva analisar a representação de mulheres pertencentes a grupos marginalizados com a finalidade de comparar a realidade das minorias representadas no Brasil e na França pelos discursos mobilizados nos filmes. As reflexões acerca do <em>corpus</em> se deram à luz da semiótica discursiva, especialmente a partir de seu nível discursivo, uma vez que as ideologias veiculadas pelas obras fílmicas podem ser apreendidas em seus percursos temáticos e figurativos. Dentre os principais temas discutidos, os filmes possuem em comum a subalternidade da empregada doméstica, o patriarcalismo e a inferioridade da imigrante (nordestina, no caso do filme brasileiro, e muçulmana, no caso do filme francês). Como resposta a tais ideologias, os enunciadores dos dois filmes apresentam o tema do questionamento da ordem social, que se faz representar, na tela, pelas filhas dessas duas mulheres. Embora esse tema seja trabalhado de maneiras diferentes, por se tratar de países e culturas distintas, as duas obras provocam nos enunciatários uma reflexão sobre as desigualdades existentes na sociedade ocidental</p>}, number={3}, journal={Revista da ABRALIN}, author={Araújo, Edna Clara Januário de}, year={2021}, month={dez.}, pages={173–199} }