@article{Pagotto_2020, title={Pequeno livro do desassossego sociolinguístico}, volume={19}, url={https://revista.abralin.org/index.php/abralin/article/view/1735}, DOI={10.25189/rabralin.v19i3.1735}, abstractNote={<p>O episódio da mesóclise cometida pelo Ex-Presidente Michel Temer no seu discurso de posse é o ponto de partida para pensar a relação entre as categorias tradicionais por meio das quais se trabalha o significado social no campo da sociolinguística – como prestígio ou identidade – e a dimensão política da linguagem. A hipótese central é a de que categorias tradicionais da sociolinguística não são suficientes para explicar os efeitos de sentido presentes no uso da colocação pronominal na fala do presidente. De fato, é preciso lançar mão dos efeitos de memória incrustados nas construções sintáticas, e para explicá-los é necessário voltar à crise normativa do final do século XIX, que coincide com a instauração do regime republicano no Brasil. Nesse sentido, é notável como a colocação pronominal emerge em vários momentos significativos da história do Brasil, como um sintoma fundamental da relação entre ordem e desordem, barbárie e civilização, nos nossos projetos de nacionalidade.</p>}, number={3}, journal={Revista da ABRALIN}, author={Pagotto, Emilio Gozze}, year={2020}, month={dez.}, pages={331–347} }