A síncope, fenômeno recorrente na evolução das línguas, trata-se de um processo que consiste na supressão de um ou mais segmentos, em geral vocálicos átonos, situados no interior de palavras (Dubois, 1978). No que diz respeito particularmente à história da língua portuguesa, conforme atesta a literatura (Nunes, 1969; Coutinho, 1970; Williams, 1973; Ilari, 2002), a atuação mais significativa da síncope foi registrada na passagem do latim vulgar ao português. Nesse período, o fenômeno de apagamento incidiu majoritariamente sobre as vogais do grupo lexical proparoxítono (viride > verde, manica > manga, littera > letra, lepore > lebre), transformando o acento paroxítono no padrão
No que diz respeito aos contextos linguísticos favorecedores da síncope no latim vulgar, a queda da vogal postônica não final era observada com mais frequência, segundo Coutinho (1970), quando a vogal-alvo encontrava-se:
(i) antecedida por consoante e seguida por lateral ou vibrante (más
(ii) precedida por consoante labial e seguida por consoante nasal (dó
(iii) antecedida por líquida e sucedida por consoante (á
(iv) precedida por /s/ e seguida por consoante (pó
A partir dessas informações, é possível presumir que a síncope manifestava-se, sobretudo, em contextos linguísticos que possibilitavam a formação de uma nova sílaba, incitada pela elisão da vogal postônica não final. Essa ressilabação, conforme ilustram os dados, era ou uma
Apesar de o fenômeno de supressão vocálica ter atuado de forma mais significativa na passagem do latim ao português, estudos sincrônicos, dedicados à investigação do processo nas mais diversas variedades do PB, ainda identificam a atuação da síncope sobre o grupo das proparoxítonas. As análises acerca da síncope (Amaral, 1999; Silva, 2006; Lima, 2008; Ramos, 2009; Gomes, 2012), conduzidas principalmente sob a perspectiva teórico-metodológica da Sociolinguística Variacionista, têm apontando que o processo de apagamento ainda opera variavelmente no português (xícara ~ xícra; fósforo ~ fósfro, óculos~ óclos), apesar de baixos índices de aplicação serem computados.
Pautados essencialmente em análises de oitiva do fenômeno, os estudos supracitados, ao descreverem a atuação da síncope em diferentes regiões do Brasil, no geral, apresentaram resultados muito próximos no que tange ao condicionamento linguístico favorecedor da atuação do fenômeno, a saber
(i) as consoantes líquidas (lateral/ vibrante), situadas no contexto seguinte à vogal-alvo, vem sendo destacadas como os fatores que colaboraram de forma mais efetiva para elisão vocálica (xí. ca.
(ii) as consoantes labial e velar, situadas antes da vogal postônica, também têm sido apontados como co-operadores da regra de apagamento (fós.
(iii) a vogal dorsal /a/ (chácara ~ chácra) e as vogais labiais /o/ e /u/ (abób
No que diz respeito à relevância dos grupos de fatores extralinguísticos no condicionamento da síncope, assume destaque a variável
Com base nessa breve revisão sobre os estudos acerca do fenômeno, delimitou-se, como objetivo geral deste trabalho, traçar um panorama do comportamento variável da síncope em vogais postônicas não finais no português falado no Sul do Brasil. Para tanto, foram analisados todos os inquéritos de fala de sujeitos com baixo grau de escolaridade (nível primário) que compõem a amostra base do banco de dados VARSUL, englobando, portanto, os três estados sulinos. Essa investigação justifica- se em virtude da carência de estudos acerca do tema nas localidades delimitadas
Na próxima seção, a metodologia empregada na realização deste trabalho será exposta. Nas seções 2 e 3, os resultados atingidos por este estudo serão apresentados e discutidos. Por fim, as conclusões alcançadas por esta pesquisa serão divulgadas.
Nesta análise, foram investigadas 102 entrevistas de fala de natureza semiespontânea, concedidas pelo banco VARSUL, referentes aos três estados sulinos (Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná). De cada um dos estados, as cidades investigadas foram: Rio Grande do Sul – Flores da Cunha, Panambi, Porto Alegre, Rincão Vermelho, São Borja; Santa Catarina – Blumenau, Chapecó, Florianópolis, Lages; e Paraná – Curitiba, Irati, Londrina e Pato Branco
Em relação ao grau de escolaridade, os informantes pesquisados apresentavam apenas o nível primário, isto é, haviam cursado até a quarta série do que atualmente rotulamos como Ensino Fundamental. Essa resolução deu-se em função dos resultados, expressos pelas pesquisas anteriores (Amaral, 1999; Silva, 2006; Lima, 2008; Ramos, 2009), de que a escola exerce força antagônica à aplicação da regra de apagamento vocálico, visto que informantes com maior nível de escolaridade foram apontados pelas pesquisas relatadas como aqueles que exibem menores índices de síncope em proparoxítonas.
Os sujeitos em análise, desse modo, foram estratificados socialmente nas seguintes categorias: (i) sexo (feminino e masculino); (ii) faixa etária (de 25 a 43 anos, de 44 a 59 anos e a partir de 60 anos); (iii) região (RS, SC, PR). O Quadro 1 a seguir ilustra a organização dos informantes nas respectivas células sociais.
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6 | 5 | 8 | 3 | 7 | 8 |
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7 | 8 | 3 | 9 | 6 | 5 |
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6 | 6 | 5 | 4 | 3 | 3 |
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No que diz respeito aos dados levados em conta nesta análise, optou- se pela investigação exclusiva das proparoxítonas nominais. Essa medida foi tomada já que não há registro, na literatura, de apagamento vocálico postônico não final em verbos com acento na antepenúltima sílaba.
Nesta pesquisa, as variantes que concorrem pela expressão da variável dependente são queda da vogal postônica não final e preservação da vogal postônica não final, conforme ilustram as informações expostas na Tabela 1.
VARIANTES | EXEMPLOS |
Queda da vogal postônica não final Preservação da vogal postônica não final | óclos, árvre óculos, árvore |
Conforme os estudos referentes à atuação do processo de síncope em dados do PB (Amaral, 1999; Silva, 2006; Lima, 2008, Ramos, 2009, Gomes, 2012), o fenômeno de síncope tem apresentado baixos índices percentuais de aplicação, oscilando entre 8 e 25%. Entretanto, como este estudo não abarca dados de fala de informantes com alto grau de instrução, como as demais pesquisas referidas (Cf. Seção 1), aventamos a hipótese de que, nos dados em exame, a aplicação de síncope seja superior a esses valores.
As variáveis linguísticas controladas como possíveis condicionadoras do processo de síncope foram:
VARIÁVEL | FATORES | EXEMPLOS |
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labial alveolar velar palatal |
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líquida vibrante líquida lateral obstruintes | |
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dorsal labial coronal | |
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sílaba leve sílaba pesada | xícara fósforo quilômetro |
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três sílabas mais de três sílabas | árvore
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acento enfático acento frasal acento enfático e frasal sem incidência de acento enfático ou frasal | (1) (2) (3) (4) |
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Substantivo Adjetivo |
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Exemplos (Variável Tipo de Acento):
(1) “[...] tipo
(2) “[...] metade da ´
(3) “É uma
(4) “É
As variáveis independentes extralinguísticas consideradas, por sua vez, foram:
VARIÁVEIS | FATORES |
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de 25 a 43 anos de 44 a 59 anos a partir de 60 anos |
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feminino masculino |
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RS SC PR |
Após a etapa de transcrição e codificação das proparoxítonas encontradas nas 102 entrevistas, os dados foram, então, submetidos ao aplicativo Goldvarb X
Após a submissão dos dados à análise estatística, verificou-se que, do total de 102 falantes investigados, 41 não apresentaram variação, no que diz respeito ao fenômeno em exame, em suas falas. Em vista dessa constatação, passaram a ser analisados, portanto, os dados encontrados em apenas 61 das entrevistas
A partir dos dados provenientes da amostra reorganizada, procedeu- se, então, à análise estatística. Do total de 2.397 proparoxítonas contabilizadas, a síncope foi verificada em 8% dos dados (196/2.397). O gráfico a seguir ilustra a frequência global de ocorrência do fenômeno na amostra em exame.
Em consonância com os resultados apresentados pelos estudos revisados (Cf. Introdução), o fenômeno, diferentemente do que foi registrado no período de formação do português, apresenta, nos dados do Sul do país, baixos índices de aplicação. Os estudos de Amaral (1999), Silva (2006), Lima (2008), Ramos (2009) e Gomes (2012), conforme já mencionado, também encontraram taxas percentuais de apagamento da vogal postônica não final relativamente baixas, oscilando entre 8 e 25%. O pequeno índice de apagamento, além do mais, vai na direção do que é enfatizado por Araújo et al. (2008), segundo os quais, do total de palavras proparoxítonas presentes no léxico do português, a síncope teria “aval” do sistema para se manifestar em apenas 30%, sem violar as restrições silábicas universais e parâmetros de constituição da sílaba do português. Nas palavras dos autores:
Do total de 18.413 palavras com acento antepenúltimo no
> *
Por outro lado, os baixos percentuais de síncope nos dados em exame vão de encontro à hipótese inicial assumida anteriormente (Cf. seção 1.1) de que, na amostra delimitada, tais índices seriam superiores àqueles apontados pelos demais estudos já que apenas informantes com baixo grau de escolaridade foram analisados.
É fundamental apontar ainda que, no que diz respeito à natureza do processo, dentre os dados de síncope, 69% (136/196) corresponderam à síncope exclusiva da vogal postônica não final (abóbora – abóbra, óculos – óclus). Outros processos de síncope, no entanto, foram registrados, apresentando índices de aplicação inferiores, a saber: a síncope da vogal postônica não final e consoante em posição de ataque na última sílaba (estôm
Na análise variável multidimensional, as variáveis apontadas como significativas à manifestação do processo de elisão vocálica foram: a)
A primeira variável selecionada como estatisticamente relevante foi o
Input: 0.011 Significância: 0.009
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89/200 | 44.5 | 0.958 |
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84/171 | 49.1 | 0.920 |
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23/2016 | 1.1 | 0.374 |
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Como conjecturado com base nos relatos sobre a atuação do processo na passagem do latim vulgar ao português e com base nos resultados dos estudos sobre o PB contemporâneo (Amaral, 1999; Silva, 2008, Lima, 2008, Ramos, 2009, Gomes, 2012), os fatores
Pode-se aventar uma explicação para esse resultado com base nos
(i) uma
(ii) uma
No caso de uma ressilabação progressiva, alternativa verificada na maioria dos dados encontrados no
Assim sendo, o processo de ressilabação, incitado pela atuação da síncope, deve prever que a nova sílaba assuma essa configuração ascendente em direção ao núcleo. O caso de “óculos”, um dos dados sincopados no
Além de a nova sílaba atender ao PSS, também é subordinada à
(Bisol, 1999, p. 708)
Logo, é possível afirmar, novamente, que o fato de as consoantes líquidas em contexto seguinte à vogal elidida serem indicadas como favorecedoras da síncope em proparoxítonas neste estudo está diretamente relacionado à posição que essas consoantes podem ocupar na organização de uma nova sílaba, imposta pela síncope vocálica. Tal resultado vai ao encontro dos estudos de Amaral, 1999; Silva, 2008, Lima, 2008, Ramos, 2009, Gomes, 2012.
A segunda variável apontada como estatisticamente relevante à atuação da síncope, nesta análise, foi o
Input: 0.011 Significância: 0.009
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54/186 | 29.0 | 0.709 |
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129/975 | 13.2 | 0.685 |
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13/1226 | 1.1 | 0.335 |
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196/2387 | 8.2 |
Dentre os fatores investigados, os contextos precedentes velar e labial foram os que se mostraram mais significativos à manifestação da síncope. O fator velar (xi
Tais resultados vão na mesma direção dos relativos à variável
A terceira variável indicada como significativa à manifestação fenômeno examinado foi a
Input; 0.011 Significância: 0.009
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95/689 | 13.6 | 0.773 |
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101/1689 | 6.0 | 0.376 |
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196/2387 | 8.2 |
Observa-se, na Tabela 6, uma taxa superior de aplicação de síncope em palavras mais extensas. As palavras com mais de três sílabas (Florianópolis, abóbora) apresentaram índice de atuação do fenômeno equivalente a 13.3% e peso relativo de 0.773. Já as palavras trissílabas (chácara, óculos) exibiram taxa percentual de 6.0% e peso probabilístico de 0.376.
Esse resultado, entretanto, pode estar sendo influenciado pelo alto valor de aplicação de síncope em itens lexicais específicos. A palavra
A quarta variável apontada como estatisticamente relevante foi a
Input: 0.011 Significância: 0.009
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189/1800 | 10.5 | 0.604 |
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7/587 | 1.2 | 0.216 |
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196/2387 | 8.2 |
De posse dos resultados expressos na Tabela 7, verifica-se que a síncope manifestou-se com maior frequência em substantivos (estábulo ~ estáblo) do que em adjetivos (ridículo ~ ridíclo). A queda vocálica foi verificada majoritariamente (189 dos 196 casos de síncope) no grupo dos substantivos. Em termos percentuais, o fator substantivo apresentou 10.5% de incidência de síncope e peso relativo de 0.605. No que diz respeito aos adjetivos, verificou-se uma taxa de 1.2% e peso probabilístico de aplicação da regra de 0.216.
Finalmente, a última variável apontada como significativa à atuação do processo de elisão da vogal postônica não final foi o
Input: 0.011 Significância: 0.009
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48/183 | 26.2 | 0.676 |
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133/746 | 17.8 | 0.636 |
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15/1458 | 1.0 | 0.407 |
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196/2387 | 8.2 |
Como indica a Tabela 8, os fatores dorsal e labial atuaram como favorecedores da síncope: o fator dorsal (chác
Em suma, com base nos resultados da análise multidimensional, as variáveis apontadas como favorecedoras do processo foram: (i)
A partir da análise da influência das variáveis delimitadas como condicionadoras do processo de síncope nos dados em exame, buscou- se, em segunda instância, verificar a interdependência e correlação entre essas variáveis. Desse modo, procedeu-se ao cruzamento dos grupos de fatores apontados como relevantes, com o intuito de refinar essa investigação.
O primeiro cruzamento empreendido foi entre as variáveis
Os resultados exibidos por esse cruzamento confirmam a premissa assumida de que a queda da vogal postônica medial seria constatada majoritariamente quando houvesse a possibilidade de um processo de ressilabação, dentro dos critérios estabelecidos pelo sistema silábico do português. Vale destacar também que a ressilabação progressiva foi a “preferida”. Já o cruzamento entre a variável
Cabe salientar, no entanto, que, do total de 587 adjetivos presentes no c
Sendo assim, é possível inferir que a
Por fim, realizou-se mais um cruzamento entre os grupos de fatores
De forma genérica, os resultados apresentados pelos cruzamentos indicam que:
(i) os contextos precedente e seguinte indicam forte condicionamento do fenômeno de síncope, estimulando preferencialmente uma ressilabação progressiva após a queda vocálica;
(ii) a classe gramatical parece não atuar como um condicionar legítimo da síncope, visto que adjetivos apresentam em geral vogais coronais em posições postônicas não finais, vogais essas que são indicadas como inibidoras da síncope;
(iii) as vogais coronais, apontadas como menos propícias ao apagamento, na verdade, após análise cautelosa dos dados, mostram-se inibidoras do processo, pois geralmente situam-se em contextos que não possibilitam uma nova reorganização da sílaba sem que haja violação dos princípios universais silábicos e das condições fonotáticas da sílaba no português. Sendo assim, infere-se que não é a qualidade da vogal que atua como favorecedora ou não da síncope, mas sim o contexto circundante (contexto precedente e contexto seguinte) à vogal.
Após essas constatações, portanto, torna-se evidente que os fatores linguísticos indicados como relevantes à atuação da síncope pela análise multidimensional estão subordinados a restrições silábicas (universais e particulares), representadas nesta análise pelas variáveis
A partir dos resultados apresentados aqui, é possível inferir que, dentre os fatores linguísticos destacados como relevantes à manifestação da queda da vogal postônica não final em dados do português brasileiro, assumem destaque o Contexto precedente e o Contexto seguinte, fatores intrinsecamente ligados à organização de uma nova sílaba incitada pelo apagamento vocálico. Em outros termos, apesar de uma série de fatores terem sido elencados como influenciadores da elisão vocálica postônica não final, o que de fato “regula” a incidência do fenômeno é a possibilidade de a consoante que acompanha a vogal postônica não final ser integrada à sílaba posterior (ou anterior), após a queda vocálica, ocupando a posição de coda ou de ataque silábico, formando, nesse último caso, um ataque complexo.
Em súmula, constata-se que o Contexto seguinte e o Contexto precedente são variáveis de extrema importância para a compreensão da queda da vogal postônica não final. Essa análise fornece, portanto, subsídios para a afirmação de que a manifestação da síncope no Sul do Brasil é governada, essencialmente, por restrições silábicas particulares e universais.
AMARAL, Marisa Porto do.
ARAÚJO, Gabriel Antunes de. et al.
BISOL, Leda.
CLEMENTS, George N.
COUTINHO, Ismael de Lima.
CHAVES, Raquel.
DUBOIS, Jean
FARIA, Ernesto.
GOMES, Danielly Kelly.
ILARI, Rodolfo
ITÔ, Junko.
LABOV, William.
_____
LIMA, Giselly de Oliveira.
NUNES, José J.
RAMOS, Adriana Perpétua.
SILVA, André Pedro da.
WEINREICH, Uriel; LABOV, William; HERZOG, Marvin. [1968]
WILLIAMS, Edwin.
Recebido em 23/02/2015 e Aceito em 12/05/2015.
A discussão apresentada neste artigo tem como base os resultados apresentados na dissertação de mestrado intitulada “A redução de proparoxítonas na fala do Sul do Brasil” (Chaves, 2011).
Nessa súmula dos resultados atingidos pelos estudos, são expostos aqui apenas aqueles que apresentaram consenso nas pesquisas revisadas. Vale destacar que outras variáveis foram consideradas relevantes pelos estudos, entretanto, não se mostraram constantes na maioria das pesquisas.
Apenas o estudo de Amaral (1999) havia tratado do comportamento variável da síncope em proparoxítonas na Região Sul do Brasil. Em seu estudo, Amaral (1999) investiga o processo de apagamento na localidade de São José do Norte (RS), situada no litoral extremo sul do Rio Grande do Sul.
Foram analisadas oito entrevistas de cada um dos municípios referidos, exceto da comunidade de Rincão Vermelho – RS (amostra complementar VARSUL – Agência PUCRS), da qual foram investigadas apenas seis. No total, portanto, foram analisadas 32 entrevistas referentes ao Paraná, 32 de Santa Catarina e 38 do Rio Grande do Sul.
Em virtude da nova configuração da amostra (que será abordada com mais detalhes na próxima seção), optou-se pelo amálgama das localidades investigadas em seus respectivos estados. Sendo assim, a variável Localidade, composta inicialmente de 13 fatores, passa agora a ter três.
Disponível em
Como o grupo das proparoxítonas é reduzido no português, supõe-se que essa tenha sido a razão pelo baixo número de dados em cada um dos inquéritos de fala investigados e, consequentemente, número categórico (0%) de ocorrência de apagamento.
O PSS não admite